INTRODUÇÃO

(Este texto é uma tradução livre e adaptada do texto original escrito por Isaac Golden e publicado inicialmente em http://www.homstudy.net/Research/)

A questão de como nos podemos proteger a nós e aos nossos filhos contra as principais doenças infecto-contagiosas (imunização) é sem dúvida uma das questões mais controversas na medicina moderna. A maioria das autoridades ortodoxas da saúde acredita que a vacinação é a maior intervenção de saúde pública bem sucedida que alguma vez se fez. É verdade que muitos milhares de vidas foram salvas. É igualmente verdade que nunca se realizaram estudos longitudinais definitivos sobre a segurança da vacinação e se foram realizados nunca foram publicados. Isto significa que o número de vidas perdidas e os efeitos a longo prazo das doenças crónicas causadas pelas vacinas nunca foram propriamente quantificados.

O objectivo desta página é proporcionar ao leitor informação factual de modo a ajudar uma tomada de decisão informada sobre a saúde da sua família. Deliberadamente não darei opiniões, apenas informação. Não farei afirmações apenas fornecerei dados. Esta informação não é de modo algum aconselhamento médico. Os leitores devem, obviamente decidir por eles mesmos qual o método de imunização que querem usar mas saberão pelo menos que podem fazer opções.

É importante que os leitores saibam que em Portugal não existe nenhuma lei que obrigue os pais a vacinar os seus filhos e que não é legal pedir o boletim de vacinas como requisito para entrar num estabelecimento de ensino público. O modelo actual proposto é uma decisão política que leva as pessoas a crer que é obrigatório. Apenas as vacinas contra a  difteria e contra o téctano são obrigatórias segundo o Decreto-lei nº 44.198 de 20 de Fevereiro de 1962 que nunca chegou a ser revogado. As opções dos pais em não vacinar são completamente legais e podem ser assumidas numa declaração onde se responsabilizam pelas suas opções. Para mais informação sobre esta questão veja aqui.

Se recolher informação disponível suficiente e tomar uma decisão fundamentada e lógica então actuará de uma forma responsável e informada. Nenhuns pais podem fazer melhor que isso nem pais alguns que actuem de uma forma responsável merecem ser criticados pelos outros, sobretudo quando tais críticas são na maior parte das vezes oriundas de má informação e de crenças cegas.


OS FACTOS
Se deseja maximizar a protecção contra doenças infecto contagiosas, necessita usar uma protecção específica à doença. Embora se viva actualmente de um modo que potência a nossa saúde em geral, a protecção ajuda bastante e certamente auxilia a curar mais rapidamente no caso de se contrair a doença. Sabemos que até as pessoas mais saudáveis contraem doenças infecto-contagiosas. Actualmente conhece-se apenas 2 métodos específicos de imunização a doenças infecto-contagiosas: vacinação e homeoprofilaxia (imunização homeopática).

Vejamos então a informação relativa à segurança e eficácia de ambos os métodos.

1. Segurança da vacinação
A curto-prazo: sabemos que a maior parte das reacções a curto-prazo são ligeiras e incluem: ausência de sono, tremores, manchas na pele, febre, gritos, etc.. Porém também sabemos que ocasionalmente as pessoas morrem ou ficam com lesões cerebrais permanentes. Muitos países desenvolvidos como os Estados Unidos, Japão e Inglaterra têm programas de indemnização por danos causados pelas vacinas. Nos EU pagaram-se mais de 3 biliões de dólares em indemnizações por efeitos adversos das vacinas, milhares de dólares em países como a Inglaterra e o Japão. Recentemente o governo italiano pagou igualmente indemnizações e correm casos nos tribunais franceses e espanhóis. Estes dados governamentais estão disponíveis para aqueles que quiserem verificar os factos. Podem também verificar o website da VAERS (serviço de informação de efeitos adversos associados às vacinas) que oferece uma panorâmica da segurança a curto prazo da maior parte das vacinas.

Longo-termo: Para reunir informação relevante sobre a segurança a longo prazo das vacinas é necessário recolher dados com as seguintes características (i) exame completo da saúde dos participantes incluindo os aspectos intelectual, emocional assim como o aspecto físico; (ii) comparar crianças completamente vacinadas e crianças completamente não vacinadas (incluir participantes “parcialmente vacinados” isto é pessoas que levaram 1 ou 2 vacinas pode muito bem enviesar os resultados, tornando-os parciais e impossibilitando a comparação com crianças que não foram de todo vacinadas. (iii) considerar apenas participantes de idade apropriada (incluir apenas crianças muito novas não forneces dados fidedignos sobre problemas crónicos de saúde: idades entre os 4 e os 14 são mais adequadas). Não se encontram estudos significativos publicados em jornais médicos ortodoxos que incluíam estes três requisitos. (Nota: Isaac Golden colocou esta questão a cientistas ortodoxos mas nunca obteve uma resposta significativa. Porém se alguém conseguir detalhes de estudos longitudinais sobre segurança da vacinação, a afirmação aqui feita será retirada). Consequentemente, não sabemos com certeza científica o verdadeiro impacto a longo prazo da vacinação na nossa saúde.

2. Segurança da homoeoprofilaxia
Os remédios homeopáticos são preparados através de um processo de diluição e agitação, batendo firmemente com o frasco da solução contra uma superfície dura após cada diluição (acção sem a qual o remédio não desenvolve propriedades curativas). Assim que o remédio ultrapassa a potência centesimal 12C não há moléculas da substância original de acordo com a lei científica de Avogadro. Pelo que há consenso que as potências homeopáticas não são tóxicas. Contudo, esta é a razão pela qual muitos “cientistas ortodoxos” acreditam que os remédios homeopáticos não funcionam uma vez que não contêm moléculas da substância original. Aqui começa o equívoco pois a Homeopatia é uma medicina enrgética e não molecular. Porém, é também uma questão de evidência. Isaac Golden (2004) examinou a saúde a longo termo de crianças vacinadas, crianças que não fizeram nada para se proteger de doenças infecto-contagiosas, crianças que usaram a homeoprofilaxia e crianças que usaram homeopatia constitucional para fortalecer a saúde. O grupo que usou homeoprofilaxia era o mais saudável dado pela medida evidente da incidência a longo-prazo de cinco condições sugerindo que não só não é tóxico como é energeticamente seguro.

3. Eficácia da vacinação

Golden analisa a 9ª edição de 2008 “The Australian Immunisation Handbook” publicado pelo “National Health and Medical Research Council” e verificou que a eficácia das vacinas varia entre os 44% e os 99%. Note-se que estes resultados são estimativas optimizadas provenientes de ensaios clínicos e mesmo vacinas que mostram altos níveis de eficácia nos ensaios mostram ser menos efectivas nos surtos da vida real.

4. Eficácia da homeoprofilaxia
A homeopatia assumiu  o seu primeiro papel de destaque com o tratamento e prevenção da cólera e da febre tifóide  há 200 nos e continua a fazê-lo na actualidade. Há governos que usam a homeopatia para prevenir, tratar ou combater surtos epidémicos nos seus próprios países:

Actualmente o Governo cubano depende da homeopatia para gerir epidemias de leptospirose, surtos de dengue e malária. O governo brasileiro financiou 2 grandes amostras que reduziram com grande êxito a incidência de doença meningocócica no grupo em que foi administrado homeoprofilaxia.
O governo da Tailândia, Colombo  e Brasil usam a homeopatia para gerir surtos e epidemias de febre dengue. O governo Indiano controla epidemias de malária, encefalite japonesa, dengue e febre epidémica com a homeopatia.

(Vejaaqui referências e fontes para  estes e outros casos)

Não terá já chegado o momento para os governos investigarem a opção homeopática? Nestas circunstâncias é a única coisa razoável e sensata a fazer.

Sabemos que a Homeoprofilaxia (HP) não é tóxica, porém a questão crucial é saber “se realmente funciona”? Não faz qualquer sentido usar algo que é seguro mas que não funciona. Actualmente existem 4 tipos de evidências:
  1. Histórica
  2. Estudos epidemiológicos
  3. Estudos endémicos longitudinais
  4. Experiência Regional e Nacional 

1. Evidência Histórica: A vacinação foi usada pela primeira vez em 1796 e a HP em 1798. Há registos clínicos evidentes com mais de 200 anos que mostram a sua eficácia na situação real. O precursor da Homeopatia, Dr Samuel Hahnemann, foi o primeiro a usar HP em situações epidémicas e desde então ao longo dos anos tem sido usado por imensos mestres da Homeopatia. Contudo muita desta informação não está recolhida em estudos estatísticos e não sugere taxas de eficácia. Tem o seu valor mas examinaremos  estudos estatísticos. .

2. Estudos epidemiológicos
: há estudos publicados em inglês que descrevem a eficácia da homeoprofilaxia  em situações epidémicas. A maior parte mostra uma eficácia na ordem dos 90%. Outros estudos realizados na América do Sul e na Índia não se encontram ainda traduzidos. O estudo mais exaustivo publicado em inglês  levado a cabo por médicos e cientistas ortodoxos foi realizado no Brasil em 1998.

Experiência Brasileira: Durante o surto de meningite meningocócica tipo B, no Brasil, em 1998 como não havia vacina disponível na altura e muitos médicos do país são homeopatas, um grupo que trabalhava na região usou o nosódio meningococcinum para imunizar 65.826 crianças enquanto que outro grupo de 23.539, na mesma região não foi imunizado. Os dois grupos foram seguidos por um ano. Verificou-se uma eficácia da homeoprofilaxia de 95% depois de 6 meses e de 91% um ano depois. Este estudo completo com uma estatística rigorosa foi publicado e pode ser consultado, (Mroninski C, Adriano E, Mattos G (2001) Meningococcinum: Its protective effect against meningococcal disease. Homoeopathic Links Winter Vol 14(4); pp. 230-4).

3. Estudos endémicos longitudinais:  A investigação de Isaac Golden recolheu dados entre 1986 e 2004 sobre o efeito do uso prolongado de um programa de Homeoprofilaxia contra doenças infecto-contagiosas potencialmente graves e habitualmente presentes na comunidade australiana. Os resultados da investigação foram publicados e estão disponíveis aqui. Pode também ver aqui a lista de artigos escritos pelo Dr. Isaac Golden. 

A investigação realizada compreende duas partes:
a. Inquérito Nacional de Saúde: esta investigação estudou 781 crianças australianas entre os 5 e os 10 anos de idade. Usou-se um questionário preenchido pelos pais. Os parâmetros de medida da competência imunitária geral de cada criança (asma, eczema crónico, infecções crónicas dos ouvidos, alergias e problemas de comportamento) foram comparados relativamente ao método de protecção usado pela criança, incluindo vacinação, homeoprofilaxia, tratamento homeopático constitucional, nenhum método de protecção ou uma mistura de todos estes. Foi calculada a eficácia e segurança relativa de cada um dos métodos.

b. Estudo Clínico de 20 anos: usaram-se respostas de pais cujos filhos usaram, entre 1985 e 2004, o Programa de Homeoprofilaxia com 5 anos de duração para prevenir doenças infecto-contagiosas. Recolheram-se 2,342 respostas e cada uma cobria um ano de vida da criança. Foi analisada a eficácia e segurança da homeoprofilaxia como opção à vacinação e os comentários dos pais foram relatados. A eficácia  é 90.4% (95% num intervalo de confiança entre 87.6% - 93.2%). Usaram-se percentagens nacionais de contaminação como controlo da eficácia da HP em 3 doenças: tosse convulsa: 86.2%; sarampo:  90.0% e papeira: 91.6%.

O Objectivo desta investigação é triplo:
  1. Providenciar aos pais dados objectivos que possam fundamentar a sua decisão, sempre tão difícil, de como imunizar os filhos de uma forma eficaz e segura.
  2. Providenciar dados aos profissionais de saúde que os ajudem no aconselhamento aos pais.
  3. Providenciar o governo australiano com dados que mostrem que as vacinas não são a única opção válida para prevenir as principais doenças infecto-contagiosas.

A tese de doutoramento de Isaac Golden (2004) conclui que o melhor sistema de saúde possível deve envolver um sistema de imunização duplo no qual os pais possam optar livremente pela vacinação ou pela homeoprofilaxia. Os dados mostram claramente que a cobertura nacional australiana contra doenças infecto-contagiosas principais aumentaria (aumento da imunidade em massa) e reduziria a incidência nacional de certas doenças crónicas como a asma e eczema assim como os problemas de comportamento associados às vacinas.

É importante salientar que nenhuma investigação isolada em si mesma pode fornecer informação suficiente. Uma base de investigação sólida é constituída por estudos individuais que permitem aos investigadores verificar se há consistência nos resultados de vários estudos independentes. A investigação de Isaac Golden (2004) revela uma consistência de 90% de eficácia nos resultados apresentados num largo número de estudos.

Os leitores interessados podem ler o artigocom o resumo desta investigação e ficarem assim suficientemente informados para decidir se querem ou não investigar mais profundamente a homeoprofilaxia como opção. Podem também encontraraqui as opções que têm.

4. Experiência Regional e Nacional:  a maior parte dos estudos foram realizados com um número limitado de pessoas. Desde 2007 temos evidências que envolvem o uso de HP em milhões de pessoas  em Cuba.  Devido o embargo que os EUA impuseram a Cuba durante mais de cinquenta anos foi necessário aos cubanos tornarem-se autos-suficientes nos estudos médicos e medicamentos. Na realidade os dados recentes revelam que Cuba tem uma taxa de mortalidade infantil inferior à dos EU o que constitui um verdadeiro crédito para um país que tem um PIB de 1/7 relativamente ao dos EU. O Instituto Finlay em Cuba é um organismo registado na OMS, fabricante e fornecedor de vacinas à América do Sul e África. A intervenção descrita acima não foi conduzida por homeopatas mas sim por médicos e cientistas ortodoxos.

A Experiência cubana: em Outubro de 2007 três províncias da região oriental de Cuba foram grandemente afectadas por chuvadas fortes causando inundações e prejuízos severos no sistema sanitário e de saúde. O risco de infecção pela leptospirose subiu a níveis extremamente perigosos com mais de 2 milhões de pessoas potencialmente expostas a águas contaminadas. O Instituto Finlay preparou o nosódio leptospirana potência 200 CH, usando 4 estirpes em circulação e seguindo padrões internacionais de qualidade. Uma equipa multidisciplinar viajou até às regiões afectadas e levaram a cabo uma administração massiva do nosódio. A acção coordenada com as infraestruturas do sistema público de saúde permitiram um tratamento preventivo. A prevenção consistiu em duas doses (7-9 dias de intervalo) do nosódio administradas a mais de 2,2 milhões de pessoas (4,7 milhões de doses). A intervenção cobriu mais de 95% da população total das 3 províncias em maior risco.

Duas semanas depois da intervenção a vigilância epidemiológica mostrou uma diminuição drástica da mortalidade e uma redução para zero dos pacientes hospitalizados. O número de casos de leptospirose confirmados mantiveram-se baixos e abaixo do dos níveis esperados de acordo com a tendência e regimes de chuva. Em 2008 depois da passagem do furação IKE foi aplicado um reforço de cerca de 4, 500,000 doses do nosódio na potência 10M. Foi aplicada uma vigilância epidemiológica rigorosa nas províncias afectadas e os resultados publicados mostram que a incidência da doença se manteve igual nas três regiões de intervenção (as 3 regiões mais em risco devido ao grande nível de danos provocados pelo furação) mas que tinha subido significativamente no resto do país onde o programa de HP não foi usado. Isto constitui uma evidência incontestável da eficácia da intervenção HP. Em virtude destes resultados, em 2009/10, o governo cubano instruiu o Instituto Finlay para imunizar as pessoas do pais inteiro com idade superior a 12 meses contra a gripe suína (mais 9.8 milhões de pessoas).

Este programa de imunização levado a cabo pelo Instituto Finlay (fabricante de vacinas registado na OMS) custou cerca de $400,000US. Isto indica que a população total australiana podia ser imunizada homeopaticamente por cerca $10,000,000. Este custo aplica-se a qualquer imunização homeopática contra doenças infecto-contagiosas. Em 2009, o governo australiano gastou cerca $200,000,000 na compra de vacinas (praticamente não usadas) para vacinar a população australiana contra a gripe suína). Grande parte desta despesa podia ser reduzidas usando a imunização homeopática contra a gripe suína. Este cálculo pode repetir-se para cada uma das vacinas do plano nacional de vacinação australiano. Para além da opção homeopática não ser tóxica eliminaria os riscos do uso de uma vacina pouco testada. Sabemos que quando a vacina da gripe suína foi dada em massa nos EU que morreram pessoas com a vacina e centenas ficaram com lesões permanentes o que custou milhões de dólares em indemnizações ao governo Americano.

CONCLUSÃO
Está agora na posse de uma vasta gama de informação que espero ser-lhe útil e ajudar numa decisão informada no que diz respeito à comparação entre segurança e eficácia da vacinação e da homeoprofilaxia. Pode verificar as referências mencionadas acima em Vaccination & Homoeoprophylaxis: A Review of Risks and Alternatives 7th.

Como foi referido acima, nenhuns pais podem fazer melhor do que procurar informação objectiva fundada na análise e na investigação apropriadas, consequentemente tomar uma decisão informada e considerada. Tenho pacientes que vacinam os filhos e outros que não e outros que usam a homeoprofilaxia e todos eles tem o meu apoio. Espero que a informação dada em cima possa ajudar na sua “viagem” pessoal sobre este importante tema.